Penso os sonhos como meu método e dispositivo primeiro porque foi-é através deles que me reencontro com a tal da biografia perdida. Nesse sentido, posso dizer que o investimento surrealista no universo onírico não me interessa tanto quanto a busca pela efetivação das imagens que me acontecem.

Ao me debruçar nos cadernos y diários - e continuar produzindo-os - percebo que talvez não passem de cadernos de sonhos, investigações e constelações vez ou outra redundantes em torno de um mesmo tema que vive em múltiplas facetas-fractais. Me lembro do texto “A ferida do encontro” e me pergunto se a maior ferida não é encontrar a sí.